A maioria dos ministros do TSE já voltou nesta terça-feira (27) a favor da criação do PSD (Partido Social Democrático), do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Com essa decisão, o partido já existe formalmente. O julgamento foi retomado após pedido de vista do ministro Marcelo Ribeiro. O tribunal viveu um impasse na semana passada, pois uma resolução do TSE exigia que o partido incluísse em seu pedido de registro as listas de apoio
da população certificadas pelos TREs (Tribunais Regionais Eleitorais),
mas o PSD apresentou essas listas certificadas apenas pelos cartórios
eleitorais.
Acontece que a legislação eleitoral não chega a falar sobre as
certificação dos tribunais, limitando-se à apreciação dos cartórios.
Ribeiro entendeu que tratava-se, na realidade, de uma "falsa
incompatibilidade". Segundo ele, a resolução do TSE cita os tribunais regionais somente
porque o partido precisa do registro em pelo menos 9 estados para fazer o
pedido à corte superior.
Ribeiro diz que, como nos TREs, o partido precisa apenas do apoio de
0,1% do eleitorado local, e no TSE, necessita de apoio equivalente a
0,5% do total de votos recebidos nas eleições para deputado federal, o
partido não precisa entregar todas as listas certificadas tribunal
regional.
Ao final de seu voto, ele entendeu que o PSD entregou tudo
necessário, tendo conseguido cerca de 510 mil assinaturas a lei exige 492
mil, seguindo a relatora Nancy Andrighi. "A resolução não contraria a
lei, apenas não cogitou da hipótese [de listas certificadas apenas pelos
cartórios]". Após o voto do ministro, o colega
Teori Zavascki, que tinha votado pela realização de investigações,
mudou de voto. Ele, Arnaldo Versiani e Cármen Lúcia também acompanharam a
relatora.
Na quinta-feira
passada, Nancy Andrighi votou a favor da criação do PSD. Segundo ela, o
PSD conseguiu comprovar que obteve o registro de diretórios regionais
em 16 TREs (Tribunais Regionais Eleitorais) e que colheu 514,9 mil
assinaturas de eleitores em apoio à sua criação da sigla --4,9 mil a
mais do que contabilizou Marcelo Ribeiro.
O processo de criação da nova sigla ocorreu sobre fortes suspeitas de fraude na coleta dessas assinaturas, entre elas uso da máquina da prefeitura e fraude na coleta de assinaturas -algumas de pessoas mortas.
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