O deputado estadual Anísio Maia (PT) desafiou o Governo do Estado a responder quatro perguntas sobra a Cagepa antes da votação do empréstimo solicitado. "Desafio o presidente da Cagepa, Deusdete Queiroga, a levar à Assembléia Legislativa uma lista informando quem são os 100 maiores devedores do órgão; quais os bancos credores e devedores; de quanto são os salários da diretoria executiva da Cagepa; e, quais as empresas terceirizadas e como são os seus contratos", disse.
Segundo o deputado, estas respostas possibilitarão fazer uma radiografia sobre a atual situação do órgão. Para ele é fundamental ter estas informações, pois, o empréstimo de R$ 120 milhões solicitado pelo governo só será aproveitado se as principais causas das dívidas da Cagepa forem sanadas. "Precisamos garantir que o dinheiro não vai para o ralo. Se a mesma estrutura for mantida o dinheiro certamente irá. A atual administração mostrou até agora que não tem competência para gerir a empresa. Do jeito que está, qualquer recurso que surgir na Cagepa ampliará o grau de insolvência em que ela se encontra. Podemos concordar com o empréstimo, desde que uma auditoria seja realizada e os ralos sejam fechados", revelou.
O parlamentar informou que desde que o atual governo assumiu, a dívida da Cagepa aumentou cerca de 30%. "No ano passado o próprio presidente da Cagepa nos informou que a dívida era de cerca de R$ 250 milhões. Nesta semana o governo afirmou que a dívida estava em R$ 350 milhões. Em 14 meses houve um aumento de 30%. É a prova de que realmente a atual administração não tem competência", explicou.
Anísio Maia contou ainda que é necessário um planejamento estrutural para o órgão. "O que temos visto, além das dívidas, são os péssimos serviços prestados. E ainda vemos o desperdício de água devido a falta de manutenção na estrutura. A Cagepa precisa de um plano estruturante. Não podemos permitir o que vem acontecendo: o governo aumenta a dívida da Cagepa e o povo paga a conta. Ele já aumentou as tarifas em 26%, quando sua promessa de campanha era diminuir as tarifas", pontuou.
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