A ex-deputada estadual e atual prefeita de Patos, Francisca Motta (PMDB) sempre foi de cumprir compromissos. Seu ex-genro, ex-prefeito Nabor Wanderley (PMDB), nem tanto. Já o neto de Francisca e filho de Nabor, deputado federal Hugo Motta (com Agra, na foto ao), não tem histórico nesse aspecto, seja para um lado ou para outro.
O fato é que a Família Motta acabou deixando de orelha em pé o PMDB, partido ao qual está filiada, com a recente e calorosa recepção que dedicou ao ex-prefeito de João Pessoa, Luciano Agra (ainda sem partido). Nem mesmo José Maranhão (PMDB), quando era governador, Francisca Motta deputada e Nabor prefeito de Patos, teve tantos mimos quanto Agra.
Foram visitas à obras e entrevistas a perder de vista. Até parecia que Agra era candidato a governador e a comitiva formada por seus apoiadores na cidade. Se foi um recado, ninguém sabe ainda. Mas, o tratamento dispensado ao ex-prefeito da Capital foi visto com certa desconfiança pela cúpula peemedebista, principalmente, a ala de Campina Grande, capitaneada pelo ex-prefeito Veneziano, pré-candidato ao Governo do Estado pelo PMDB.
Ninguém da Família Motta, até agora, se pronunciou sobre o assunto, mas há quem diga que seria uma espécie de "troco" ao senador Vital do Rego Filho por supostos compromissos assumidos e não cumpridos em campanhas anteriores. Seja qual for a razão, essa proximidade com Agra pegou mal para a prefeita Francisca Motta e também para o PMDB. Afinal, ela foi eleita deputada e prefeita pelo partido. O ex-genro e o neto também.
Quem observa de fora, acha que Francisca, Nabor e Hugo nem são filiados ao PMDB e que o partido não tem nome indicado para disputar o Governo. Cabe agora aos atores principais desvendarem o mistério dessa novela para que o público não permaneça com má impressão e os próximos capítulos não sejam marcados por um fracasso de audiência.
Agra fez o seu papel. Usou e abusou da receptividade, preencheu um espaço que seria do PMDB e ainda deixou sua mensagem de bom moço que lhe credencia a voltar no futuro e pedir votos em nome dos anfitriões ao eleitorado patoense. Ou seja que o trio peemedebista terá coragem de tratar o ex-prefeito de forma diferente durante a campanha eleitoral?
Em se tratando de política, tudo é possível. (Wanderlan Farias)
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