Falta a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social, sob o comando do delegado da PF Cláudia Lima, encontrar um norte. Meio perdido o setor está longe dos resultados que o governador Ricardo Coutinho almeja, nestes primeiros dias de gestão. Enquanto a bandidagem age solta pelo interior explodindo agências bancárias o máximo que se tem visto são ações na área do trânsito, que, mesmo necessárias, tem rendido ponto negativo, politicamente falando, ao governo e ao governador.
Há necessidade maior de combate ostensivo à bandidagem, operacionalidade nesse sentido para diminuir a violência que cresce assustadoramente. Sem tempo a perder. É preciso ação! No Vale do Piancó, por exemplo, denúncias chegadas ao blog, nesta segunda-feira (24), mostram que a coisa não anda bem. Que o setor de Segurança Pública está àquem do esperado e meio desconexo com as expectativas. Principalmente na micro área polarizada por Conceição.
Para começar, enquanto o governador se esforça para equilibrar as finanças do Estado, o qual encontrou quebrado, no Vale do Piancó há um gasto desnecessário de combustível nas viaturas da polícia. Pois, vejam só que situação gritante, nos finais de semana não há delegado em Conceição. O de lá (Dr. Cristiano), segundo informações, foi escalado para dar plantão na sede da 6ª Delegacia Regional de Polícia Civil em Itaporanga. Com isso, o caos se instala em Conceição, um cidade triplice fronteira (com PE e CE).
Aí quando a Polícia Militar prende alguém (um bêbado, por exemplo) tem que trazer até Itaporanga, distante 60 quilômetros, para apresentá-la à autoridade policial. E o mais descabível: após ser ouvido e liberado, esta mesma pessoa que veio na viatura da PM fica em Itaporanga esperando um alternativo ou ônibus de linha para poder retornar pra casa. Este fato tem revoltado a população de Conceição. "Quando alguém de posses é detido e levado à Itaporanga, para ser ouvido, este tem como voltar... mas, quando é alguém sem dinheiro, um pobre, fica medigando dinheiro pelas ruas de Itaporanga para poder retornar pra cá", relata um policial ao blog, que reservamos o direito que lhe cabe do anonimato.
Além do transtorno, essa situação derruba todo trabalho do governador para buscar o equilibrio financeiro do Estado. Pois, ao sair de Conceição apenas pra deixar um pessoa em Itaporanga para ser ouvida por um delegado, a viatura policial anda 120 quilômetros (por vez), ou mais... como no caso em que uma viatura deu três viagens à Itaporanga com esse objetivo e, ao final, já tinha rodado 360 quilômetros. Isso é um absurdo!
Outro caso, que nos chama atenção, nas denúncias enviadas ao blog, diz respeito a situação de 'abandono' das viaturas da 2ª Cia/PM, localizada em Conceição. A fonte nos disse que das três viaturas existentes uma (modelo Ranger) só pega no empurrão e outra (modelo Blazer) está há uma semana parada esperando pela reposição de uma peça. Os praças reclamam até que tiraram a única metralhadora: "Levaram pra Itaporanga a única metralhadora que existia aqui", contam.
Inclusive, o (nosso amigo) 1º Tenente Furtado, atual comandante da 2ª Cia, é designado Oficial-CPU um dia da semana no 13º BPM/Itaporanga, em turno de 24 horas, como vai acontecer nesta terça-feira (25) em que ele entra às 7h da manhã e só sai às 7h da manhã de quarta-feira (26). Ou seja, como é que um Oficial após passar 24 horas como Oficial-CPU pode retornar para comandar uma sub-unidade. E o descanso? Extresse...
Nesse meio tempo, Conceição fica sem delegado nem comandante de companhia militar. A SEDS precisa urgentemente encontrar um norte. Aqui na ponta, acreditamos na capacidade tanto do Major Campos, comandante do 13º BPM, como do Dr. Gleberson, titular da 6ª DRPC, que poderão explicar o que de fato está acontecendo e, em sendo verdade, buscar mudar essa realizadade. Senão a coisa pode piorar de vez diante da possibilidade de greve branca que estão planejando para o carnaval.
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