Várias categorias de servidores públicos estaduais manifestaram insatisfação com o reajuste linear anunciado hoje pelo governador Ricardo Coutinho, bem como, a falta de diálogo. De acordo com o delegado Cláudio Lameirão, presidente da Associação
de Defesa das Prerrogativas dos Delegados de Polícia da Paraíba
(Adepdel), a decisão contraria as propostas apresentadas pelo governador à categoria durante a campanha eleitoral.
“O governador nos prometeu uma ampla discussão em torno desse
percentual de aumento, mas o que vimos foi uma proposta fechada sem a
possibilidade alguma de negociação”, disse Lameirão. Para discutir a proposta do Governo, a Adepdel convocou uma
Assembléia Geral dos delegados da Polícia Civil na próxima quarta-feira,
21, na Sede da OAB, em Campina Grande.
Já Antônio Erinaldo, do Sindicato dos Trabalhadores da Polícia Civil,
criticou principalmente a falta de diálogo. Segundo ele, o governador
tinha prometido chamar todas as categorias para discutir o aumento e
assim não procedeu. Erinaldo também pretende convocar uma assembléia,
juntamente com o Fórum de Trabalhadores da Segurança Pública, para
discutir a questão.
Em entrevista a imprensa, o presidente do Sindicato do
Trabalhadores em Educação Antônio Arruda, também reclamou da falta de
diálogo e da forma como o reajuste aconteceu. Segundo ele, o piso nacional
do professores só será atingido somando o salário base com as
gratificações. “O piso nacional tem que ser só o salário base e não
gratificações”, comentou. Arruda acrescentou que o único compromisso firmado foi o pagamento
das bolsas aos professores que atingiram as metas pré-estabelecidas pelo
Estado.
O presidente do Fenafisco, Manoel Isidro, informou
que a categoria se mantém mobilizada para fazer acordo dentro das
conquistas consolidadas pela categoria que inclui o pagamento do
Subsidio incluindo o retroativo deste ano. Vitor Hugo, presidente do Sindifisco, disse que vai estudar a fundo o
reajuste, mas antecipou que já percebe-se, da forma como aconteceu, que
está abaixo do que a categoria esperava. Segundo ele, os 9,5% tinha
sido prometido já para janeiro e não divido em duas vezes. Ele também
convocará uma reunião da classe.
Já a presidente do Sindsaúde, Wanda Celi, criticou os percentuais de reajuste por não contemplar os interesses nem a necessidade das categorias que ela representa, e vêm causando dificuldades de assimilação. Ela revelou que os servidores estavam na expectativa de um aumento que atingisse os índices inflacionários que se verificaram entre os anos de 2010 e 2011, e mais a inflação prevista para 2012, que, somados, chegam à casa dos 14,73%, mas, da forma como descritos, os percentuais não corrigem a defasagem salarial das categorias funcionais do setor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário