Direto de Tavares (PB) - O cantor e compositor paraibano Chico César declarou que a corrupção é uma prática inerente ao sistema, inclusive no meio artístico. "Há uma associação entre empresários de bandas, secretários de cultura, mulheres de prefeito. O empresário leva as mesmas bandas na festa de São João, no Natal, é uma clientela", disse o compositor, em entrevista concedida ao Portal UOL
A matéria menciona os seis anos que ele passou envolvido com a política, antes de se dedicar ao seu primeiro disco em sete anos, "Estado de Poesia", lançado neste mês pelo projeto Natura Musical. Chico revelou que quando estava na Funjope, recebeu proposta de propina, na ordem de 10%.
Ainda assim, Chico César afirmou que a política é uma atividade muito nobre. "Não acho que seja o esgoto da sociedade", disse. Como gestor, Chico César foi presidente da Fundação Cultural de João Pessoa, em 2009, e secretário de Cultura do Estado, em 2010.
À frente da Cultura do Governo, Chico envolveu-se em uma polêmica quando criticou as "bandas de forró de plástico". Chico contou, na entrevista, que ao ser indagado por um repórter sobre a participação do Estado nos festejos juninos, disse: "Com certeza não vamos contratar duplas sertanejas e grupos de forró de plástico. Temos que dar espaço para a cultura popular".
De acordo com o compositor paraibano, a corrupção, hoje, está em todos os lugares, nas empreiteiras, nos bancos, em todos os níveis de administração. "O mercado quer dizer ao governo como eles devem se comportar", disse, elencando vários setores, como da coleta de lixo, das construtoras, entre outras. "O mercado da indústria da música é a mesma coisa", frisou.
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