A Paraíba vive uma guerra civil. Essa foi a avaliação do presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados que investiga a violência contra jovens negros e pobres, Reginaldo Lopes (foto), que esteve no Estado visitando áreas de conflitos e participou de audiência pública, nessa sexta-feira (3), em João Pessoa. "Os indicadores apontam que são mais de 150 homicídios para cada 100 mil habitantes em João Pessoa e quase 100 mil em todo o Estado", destacou.
Segundo o presidente da CPI, os poderes públicos da Paraíba precisam se unir para criar um plano estratégico de combate à violência que consiga reduzir esses indicadores negativos e acrescentou que o problema não está só no estado nordestino. "No Brasil como um todo, entre 2004 e 2007, matou-se mais do que nos 12 grandes conflitos internacionais e nos outros 50 pequenos conflitos", lamentou Lopes, acrescentando que nos 62 conflitos internacionais foram assassinadas 206 mil pessoas, enquanto que, no mesmo período, o Brasil matou 209.
Audiência pública da Câmara dos Deputados, na capital paraibana, aconteceu na sede da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado da Paraíba (Fecomercio), reunindo autoridades paraibanas e representantes de movimentos sociais durante a tarde dessa sexta-feira e início da noite. No debate, que também foi acompanhando pelos deputados Rosângela Gomes (relatora) e Damião Feliciano, ocorreu divergências quando foi abordado a redução da maioridade penal.
Os deputados federais Wilson Filho (PTB) - vice-presidente da CPI e Edson Moreira (PTN/MG), membro, foram vaiados quando tentaram justificar os votos favoráveis a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. Antes desse transtorno, o deputado estadual Frei Anastácio já havia se retirado da audiência criticando a atuação de membros de CPI da Câmara que são favoráveis à redução.
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