quarta-feira, 24 de abril de 2013

Após reunião frustrada, greve na UEPB continua depois de 55 dias de paralisação e o TJPB analisa hoje ação que pede ilegalidade da greve.

Uma possibilidade de encerrar a greve da Universidade Federal da Paraíba (UEPB) foi frustrada na tarde de ontem (23). Uma reunião agendada entre a secretária estadual de Finanças, Aracilba Rocha, o reitor Rangel Júnior e representantes do Comando de Greve de oito campi da universidade acabou não tendo o resultado esperado porque o reitor não compareceu, sob alegação de que já teria outra reunião agendada. Na ausência de Rangel Júnior, peça fundamental nas negociações para por fim à paralisação que já dura 55 dias, a reunião se transformou numa conversa quase informal, onde os professores apresentaram seus motivos para a greve e Aracilba Rocha explicou que a UEPB tem autonomia administrativa e financeira e que o Estado, portanto, não teria como intervir.
Para Clésia Andrade, presidente do Comando de Greve, apesar do reitor alegar que não tem condições de atender às reivindicações dos professores e corpo técnico da universidade, os investimentos em infraestrutura que estão sendo feitos demonstram o contrário. “A instituição construiu dois museus e adquiriu um imóvel de R$ 950 mil, o que mostra que não falta dinheiro”, alega Clésia. Agora, uma nova Assembleia Geral será realizada às 09h da próxima quinta-feira (25) no auditório de Psicologia-CCBS/Bodocongó, em Campina Grande. De acordo com o presidente da Associação dos Docentes da Universidade Estadual da Paraíba (ADUEPB), o adiamento foi consequência da ausência do reitor.
O Pleno do Tribunal de Justiça da Paraíba se reunirá, hoje (24), para analisar  a Ação Declaratória de Ilegalidade de Greve contra a Associação dos Docentes da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior da Paraíba. A Corte vai decidir, a partir da relatoria do desembargador Leandro dos Santos, o pedido de liminar elaborado pelo Ministério Público Estadual, que pretende o retorno dos professores e servidores da UEPB às atividades em 24 horas após a publicação da decisão.

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