A partir de hoje (27), funcionários técnicos e administrativos da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) estão em greve. A decisão foi tomada em assembleia geral que terminou por volta das 12h. De acordo com o anúncio feito pelo Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior do Estado da Paraíba (Sintespb), 850 devem aderir à paralisação.
Ainda nesta manhã, os professores da UEPB também realizaram assembleia. Por 70 votos a 62, eles decidiram marcar um indicativo de greve no dia 5 de maio. O prazo, segundo a Associação dos Docentes (Aduepb), foi dado para que os líderes do movimento tenham tempo de negociar suas reinvidicações com a reitoria e o Governo do Estado.
Os docentes também solicitaram uma audiência na Controladoria Geral do Estado, que deve acontecer ainda hoje. As aulas e os serviços oferecidos pela UEPB já estão parados. A reitoria, as secretarias, a biblioteca e os centros acadêmicos não funcionaram hoje.
A reitora Marlene Alves disse que paralisação é um instrumentos de luta do servidor. Disse que as negociações estão avançando e que esperava atender às reivindicações a tempo de impedir a paralisação, evitando que ocorram prejuízos maiores, o que não aconteceu.
De acordo com José Sérgio, vice-presidente do Sintespb, a categoria reivindica respeito à lei de autonomia financeira da UEPB. Desde janeiro vem acontecendo conversas no intuito de regularizar os repasses de verba do governo estadual, mas ainda não há nada resolvido.
A reclamação da Aduepb é sobre o repasse que o governo está fazendo à UEPB, que seria insuficiente para o funcionamento da instituição. “O movimento entende a situação do estado, mas a gente precisa que o governo faça um acordo. O repasse não integral fere a lei da autonomia financeira”, concluiu o presidente José Cristóvão de Andrade.
A lei de autonomia financeira da Universidade Estadual da Paraíba prevê reajustes salariais anuais nos dias 1º de janeiro, o que não aconteceu em 2011. O repasse dos duodécimos por parte do governo estadual à instituição de janeiro a março não aconteceram de modo integral. Os servidores cobram também repasses do ano passado que não foram feitos.
Amanhã, só funcionarão cerca de 30% dos serviços da UEPB, relativos à própria segurança da instituição. A última greve que a universidade enfrentou se estendeu por seis meses entre os anos de 2001 e 2002. (com karoline Zilah)
Nenhum comentário:
Postar um comentário