sábado, 2 de março de 2013

Bancada de situação reprova proposituras que pediam reajuste para os servidores, auxílio funeral e abertura de PSF, devido disputa política.

Quando da defesa dos requerimentos apresentados, para apreciação do plenário, quatro deles foram reprovados pela bancada de situação, por 5 votos a 4, haja vista a oposição estar desfalcada diante da ausência na sessão do vereador Joaquim Salviano, como rescaldo do debate gerado em torno da retirada do projeto enviado pelo Executivo. Os requerimentos eram todos em benefício da população e ao votar contra os vereadores da bancada de situação não atentaram para o perigo de se colocar a disputa partidária na frente do interessa coletivo, prejudicando assim o bem comum dos itaporanguenses.
As proposituras foram as seguintes: A de nº 19, de autoria do vereador Ricardo Pinto, que sugeria ao prefeito a revisão dos PCCR's dos servidores públicos municipais, cujo salários estão defasados há mais de seis anos; A de nº 20, também de autoria de Ricardo, que sugeria ao prefeito a elaboração de um projeto de lei instituído um auxílio funeral para as famílias carentes, cadastradas no Bolsa Família, e as famílias dos funcionários municipais, num momento tão doloroso para as mesmas. Ou seja, são propostas da mais elevada importância já que os mais carentes em muitas vezes não tem como pagar tais despesas em momentos como estes. Já com relação a revisão dos PCCR's é direito adquirido o reajuste do funcionalismo municipal. 
Também foram derrotados os requerimentos de nº 21 e nº 22, de autoria da vereadora Isabelle Mendes (PSDB), que, respectivamente, sugeria ao prefeito a abertura do Posto de Saúde da Família (PSF) localizado na comunidade rural do Cravoeiro, cujo prédio fora construído no ano passado, faltando apenas colocá-lo para funcionar; e o reajuste dos vencimentos dos servidores do Programa de Saúde da Família, propositura de igual valor e importância para os servidores públicos municipais. Porém, todas essas quatro proposituras foram reprovadas por justificativas não plausíveis com seu grande alcance social e de valorização do servidor.
Primeiro a contestar as proposituras, o vereador Ivanilto Palmeira que da tribuna mostra completa falta de informação dos fatos ali apresentados, inclusive, por não analisar cuidadosamente tais iniciativas antes de tecer qualquer julgamento, em mais uma sessão decepcionou. "Já existe o Fumap e isso [o auxílio funeral] não é preciso", afirmou ao votar contra uma iniciativa em prol das famílias cadastradas no Bolsa Família. Inclusive, o próprio vereador em mais uma sessão mostra desconhecedor do que se trata o CadÚnico [que é um cadastro do Bolsa Família]: "Não sei nem o que é esse cadastro único. É preciso especificar isso", diz sempre. 
Sobre o PCCR, Ivanilto lembrou que votara a favor do funcionalismo em 2009, quando exercia a titularidade do mandato, contrariando orientação do então prefeito Djaci, em matéria que retirava gratificações. "Agora, três anos depois, vem dois representantes de Djaci pedir reajuste de salário dos servidores. Voto contra", declarou Ivanilto sem perceber que o palanque político, do qual ainda não desceu, fez ele votar contra um requerimento que beneficiaria o funcionalismo municipal. O que é lamentável. 
Outra prova de que o palanque político está ficando à frente dos interesses da comunidade foi quando Ivanilto recusara-se a votar a favor do pedido de abertura do PSF do Cravoeiro, somente porque Gaudêncio, pai da vereadora, não o fez até dezembro passado. Ivanilto ainda, ao tentar atacar a gestão passada, acabou atingindo a atual ao revelar que o prédio [construído no segundo semestre do ano passado] do referido posto está abandonado, com ratos, baratas e morcegos. 
Já  o vereador Ubiramar, disse que não poderia aprovar as proposituras da colega porque o seu pai, quando secretário, não fez o que ela, agora, sugere ao prefeito da vez. "Seu pai quando secretário, durante três anos não deu um aumento sequer aos servidores da saúde. Gerou uma greve porque tentou retirar gratificações. Isso pra mim é hipocrisia", disse. 
O vereador Ricardo Pinto, então, pediu a palavra para esclarecer o pedido de Isabelle sobre o PSF: "Não se estar pedindo aqui criação do posto de saúde, até porque só quem pode fazer é o Ministério da Saúde. O que se pede é a abertura do mesmo no seu lugar de origem, já que ele foi criado em 2008 e funciona, desde então, no Hospital Infantil devido não haver prédio próprio lá na comunidade Cravoeiro. O prefeito anterior construiu o prédio, então, que passe a funcionar lá pra atender os moradores daquela região, que abrange, além do Cravoeiro, Araça, São João, etc. Agora, se vocês acharem que os moradores de lá não merecem, então, votem contra", declarou Ricardo.
Isabelle subiu, por fim, a tribuna e rebateu as declarações de Ubiramar: "O senhor fala tanto de deixar o passado prá lá, mas não consegue fazer o que fala. A gestão passada, passou. Estou aqui como vereadora para cobrar em prol do povo. O importante é daqui pra frente. O prédio construído para o posto de saúde está há dois meses abandonado e se há baratas e morcegos, então, que o prefeito atual contrate um equipe de faxineiros e vá limpar o prédio, colocando-o em funcionamento. Quanto ao senhor [Ubiramar] só faz falar e não age", rebateu a vereadora.

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