sábado, 19 de fevereiro de 2011

Presidente da APLP afirma que mais de 400 escolas estaduais dependem dos prestadores e pró-tempores

O professor Francisco Fernandes, presidente da Associação dos Professores de Licenciatura Plena da Paraíba (APLP-PB), afirmou que mais de 400 escolas estaduais dependem dos prestadores de serviço e dos pró-tempores: "Nessas unidades existe uma minoria de servidores efetivos, e os temporários são professores e até mesmo diretores".
Fernandes disse que a responsabilidade por essa situação é dos governadores que passaram pelo Estado: "Foram vários anos sem concurso, que é a forma mais correta de ingresso no serviço público. A última seleção aconteceu em 2005, no entanto, o número de vagas foi insuficiente para a regularização da situação nas esolas estaduais". Com a falta de recursos, as vagas foram preenchidas por pró-tempores e por prestadores de serviços, sendo que muitos já estão exercendo funções há mais de vinte anos. Outro ponto destacado pelo presidente da APLP-PB, é que esses temporários não tem direito a crescimento profissional e outros benefícios dados aos efetivos.
Indagado se a presença dos temporários prejudicaria a qualidade do ensino nessas escolas, Fernandes destacou que isso é verdade: "Muitos professores contratados não possuem qualificação adquada para lecionar determinadas disciplinas. temos alunos de graduação e profissionais de outras áreas ensinando nas escolas estaduais. Essas pessoas não estudaram para serem professores, e por essa razão o ensino fica prejudicado. O concurso público é uma forma de qualificar o ensino, pois só são aprovados àqueles que atendem aos requisitos solicitados".
Fernandes fará essas observações para o novo secretário de Educação, Afonso Scocuglia, que assumiu esta semana em substituição ao ex-secretário Abath: "Tínhamos uma reunião agendada com Abath, porém, com as mudanças na secretaria estamos aguardando a confirmação de uma nova data para o encontro", finalizou. (wscom)

Nenhum comentário: