Prefeito Djaci esclarece atraso salarial na área de saúde e desafia vereadores e advogado: "Provem que estou errado que renuncio o mandato, caso contrário, renunciem vocês"

Ontem após caminhada dos servidores do Programa de Saúde da Família (PSF), pelas ruas de Itaporanga em protesto contra atraso salarial, os vereadores Francisco Saulo (PTB) e Herculano Pereira (PPS), acompanhados do advogado Paulo César Conserva [assessor jurídico do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Itaporanga - SISPUMI], se dirigiram à rádio Pedra Bonita FM e lá, participando do radiofônico 'Microfone Aberto', desferiram duras críticas ao prefeito Djaci Brasileiro (PSDB) chegando a taxá-lo de "mentiroso" com relação a celeuma. Os servidores combram pagamento de seus vencimento que estariam atrasados desde o mês de agosto.

Pois bem, não titubelando em ir ao confronto com os vereadores e o advogado, para estabelecer a verdade dos fatos, o prefeito Djaci Brasileiro esteve nesta na manhã desta quarta-feira (9) na mesma emissora e usando do mesmo espaço mostrou ao radialista Cláudio Nepó, para que este lesse ao público ouvinte, trecho do relatório da Controladoria Geral da União (CGU) que serviu de base para que o Ministério da Saúde procedesse com o bloqueio dos recursos destinados ao programa, causando assim atraso de dois meses nos salários dos servirores do PSF.

A verdade é que uma inspeção realizada pela CGU em Itaporanga, em 2009, detectou irregularidades na área da saúde. O órgão constatou que, em 2009, em nenhum dos oito postos existentes no município foi cumprida a jornada de trabalho por parte dos servidores, de 40 horas de trabalho semanais, prejudicando o atendimento básico da população mais carente. Outro caso foi verificado no pagamento de uma conta do CAPS I com dinheiro da saúde, o que para a CGU trata-se de um erro. Agora, mais de dois anos depois, esses dois casos ensejaram no bloqueio dos recursos do PSF.

"É triste quando somos caluniados por um grupinho que não faz nada em nosso município a não ser uma politicagem mesquinha com esse e outros assuntos", disse o prefeito que desmentiu, após intervenção do secretário municipal de Saúde, Gaudêncio Mendes, que atraso divulgado era de quatro meses. "São só dois meses em atraso devido esses problemas burocráticos que estamos buscando uma solução junto ao Ministério da Saúde", comentou Djaci tendo em mãos documentos do Ministério da Saúde e da CGU que comprovavam a veracidade das explicações dadas a população com relação a essa problemática. 

O gestor, inclusive, não ficou na defensiva e fez um desafio aos vereadores Saulo e Herculano, bem como, ao advogado Paulo César Conserva: "Se vocês dizem que são homens sérios desafio-os a comprovarem o que disseram de mim, de que estaria mentindo. Se comprovarem que estou errado eu renuncio o meu mandato de prefeito. Agora, se não comprovarem que vocês renunciem os seus mandatos de vereadores e a profissão de advogado", concluiu o prefeito afirmando que irá representar judicialmente àqueles que lhe caluniaram.
O prefeito estava acompanhado dos vereadores Duvan Pereira e Erivaldo Rufino, além dos secretários Gaudêncio Mendes (Saúde) e Cícero Paulo Virgolino (Seinfra).