A confusão ocorrida na tarde deste sábado (23) em Campina Grande quando a Polícia Militar tentou intimidar a Polícia Federal já estava escrito desde que o governador José Maranhão começou a trocar o comando dos batalhões na 'Rainha da Borborema' porque estes não trabalharam em prol de sua campanha no primeiro turno. Maranhão perdeu em Campina por mais de 60% dos votos. O entrevero começou quando os agentes da PF compareceram até a rua Major Belmiro, no bairro São José, para apurar uma denúncia de crime eleitoral.
O local denunciado foi a residência do decorador Sereco, que estaria distribuindo mercadorias, conforme a denúncia. O que foi observado no local foi a confecção de bandeiras para a carreata que a Coligação Uma Nova Paraíba fará neste domingo na cidade. Após comprovar que a denúncia não tinha procedência, os agentes da PF caminhavam para deixar o local quando foram cercados pelos PMs.
O clima ficou tenso porque os agentes da PF ficaram alguns instantes impedidos de se locomover. Somente algum tempo depois o impasse foi contornado. Simplesmente a policia militar tentou entrar na casa do artista plastico sob a desculpa de investigar a existencia de dinheiro e material irregular de campanha. Tentaram forçar entrada, sem mandato de busca e apreensao ja que este, fora negado pelo juiz da 17a. Zona Eleitoral, anteriormente.
Como a Policia Federal foi chamada para intervir minutos depois os agentes foram recebidos pelo Tenente Coronel Geraldo Ramos de Sousa, Comandante do 10º BPM, e pelo Major Clementino, Comandante da CPTran, com armas em punho. Isso mesmo! Com armas em punho. Ou seja, já começaram errados e ainda tentando intimidar a Polícia Federal. Aí é demais! O mais vergonhoso é que ambos agrediram os agentes da PF com palavras de baixo calao e forçaram a entrada mais uma vez.
Segundo informação de Helder Brito, a Tião Lucena, dentro da residencia estavam varias pessoas, inclusive idosos, advogados da coligação de Ricardo que estavam tentando mostrar que não havia nada no local. Foram mantidos dentro da casa como refens, sem que pudessem sair. Na " operacao" foram usadas mais de 10 viaturas (11 para ser exato), homens da Rotan, Cptran e agentes da policia civil. Muitos, constrangidos.
Foi da iniciativa do Major Clementino, a iniciativa de fechar o trânsito na rua e promover uma inspeção nos veículos que se encontravam no local. Entre esses veículos estava um onde se encontravam dois policiais federais, que se identificaram e se negaram a abrir os veículos para a vistoria. Diante da ameaça de prisão, conforme o relato de testemunhas, foram acionados quatro delegados da PF, que chegaram instantes depois ao local e determinaram que o major Clementino e o major Ramos se deslocassem para a sede da PF para esclarecer a citada operação que desencadearam, sem ordem judicial, ao que consta.
Portanto, se faz necessária e urgente a vinda do Exército Brasileiro para Campina Grande (já aprovada pelo TSE) com objetivo de garantir a segurança e tranquilidade nesta semana final de campanha, inclusive, para impedir que o Governo do Estado cometa mais abusos como este através da Polícia Militar.
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