sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Debate é marcado por denúncias sobre os panfletos apócrifos, terreno Cuiá, irregularidades no Ipep e o aeroporto de Araruna

Durante debate das TVs Cabo Branco e Paraíba, mediado pelo jornalista André Luiz Azevedo, os candidatos do Governo da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB) e José Maranhão (PSDB) responderam as perguntas com temas livres feitas entre si. Denúncias sobre a venda do terreno Cuiá, da construção do aeroporto em Araruna, os panfletos apócrifos e irregularidades no Ipep foram os temas abordados que esquentaram o debate.
 No primeiro bloco os candidatos fizeram perguntas entre si com temas determinados por sorteio. A primeira pergunta foi sobre segurança. Maranhão perguntou a Ricardo porque ele se posicionou contra a aprovação da PEC 300. O socialista não apenas negou ter ficado contra ao Projeto de Lei como prometeu que vai pagar o reajuste salarial aos policiais e ainda implantar os Planos de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCRs).
"Eu nunca fiquei contra. Isso é invenção. Em todos os momentos eu me mostrei favorável. Vou pagar toda a PEC, todo o aumento dentro da lei e da legalidade. Os policiais não precisam temer. Vou implementar o plano de carreira e fazer a recomposição dos salários para repor os 10 anos de arroxo salarial que a categoria sofreu e ainda quero incluir a polícia nas políticas públicas, principalmente na questão de habitação", rebateu o socialista.
Maranhão insitiu na pergunta afirmando que ele incentivou a bancada da Assembleia Legislativa a não votar o projeto. "Eu quero saber a razão porque a bancada que lhe oferece apoio se ausentou da votação. Você não tem se pronunciado claramente. Queríamos saber porque razão o senhor não colocou a bancada para aprovar", perguntou.
Ricardo respondeu o questionamento dizendo que não incentivou sua bancada simplesmente porque não tem bancada já que ainda não é governador. "Eu não tenho bancada na Assembleia simplesmente porque eu ainda não sou governador, espero ser a partir do dia 1º de janeiro", retorquiu.
Panfletos Apócrifos
O candidato do PSB lamentou que Coligação de Maranhão, tenha deixado de lado o debate de idéias para denegrir sua imagem e promover intolerância religiosa. Ele afirmou que apesar de denúncias serem feitas, ninguém tem sido punido, o que estimula a impunidade. “As denúncias vem sendo feitas constantemente, mas não há punição. A impunidade os encoraja a fazer cada vez mais. Meu apelo é que as autoridades possam agir com celeridade e equidade, para que tenhamos eleições limpas e justas”, ressaltou Ricardo.
Ricardo lamentou que a coligação adversária venha mantendo o nível do discurso fora do campo político e do debate de idéias, promovendo apenas a intolerância religiosa e partidária. “Não vemos um panfleto sobre saúde, educação, cultura ou habitação. Nossos adversários tem se preocupado em denegrir minha imagem e provocar a intolerância e o preconceito religioso”, frisou.
Ricardo Coutinho: Ele perguntou ao candidato José Maranhão como ele poderia explicar sobre os panfletos supostamente jogados pelo seu helicóptero de campanha.
José Maranhão: Ele respondeu negando a acusação. “Eu não posso ser responsabilizado por essa inverdade, inclusive porque já teve o laudo para Polícia Federal mostrado que não havia nada além de nosso material de campanha regular. Eu nunca tive esse hábito. O próprio laudo da Polícia Federal comprovou’, disse ele.
Ricardo Coutinho: Na réplica ele destacou que, “Lamentavelmente Maranhão assume no seu guia eleitoral de TV que de ontem um envolvimento com esse caso”, enfatizou ele.
Terreno Cuiá
José Maranhão: Ele questionou Ricardo sobre a venda da fazenda Cuiá, que está numa reserva ambiental, realizada pela Prefeitura de João Pessoa e que custou cerca de R$ 11 milhões.
Ricardo Coutinho: Ele respondeu a Maranhão afirmando que não é mais prefeito de João Pessoa, mas que tinha certeza que o atual gestor municipal Luciano Agra (PSB), pode esclareceu todos os questionamentos sobre o caso. "Se o senhor não sabe faz sete meses que me afastei da administração de João Pessoa para concorrer esta eleição. E também gostaria de esclarecer que o portal e o jornalista que fez essa denúncia infundada são ligados a um dos seus aliados. Contudo, grave o que foi denunciado pela imprensa sobre o nomeado seu, o diretor do Ipep, Gualberto Chianca, que fez uma grande negociata de R$ 1.500 milhão, comprando a si mesmo, ou seja, através da Tomocenter que lhe pertence”, enfatizou ele sugerindo a Maranhão que demitisse o seu nomeado.
José Maranhão: Na tréplica ele disse que esse contrato da Tomocenter e o Estado, que pertence ao diretor do Ipep foi realizado desde o governo passado.
Aeroporto de Araruna
Ricardo Coutinho:  Ele indagou o candidato Maranhão por que foi investido R$ 2 milhões na construção de um avião em Araruna, local onde só tem um avião, que é o do próprio José Maranhão.
José Maranhão: Ele respondeu a Ricardo dizendo que pretende construir outros aeroportos em cidades do interior do Estado. “Esse é um plano acanhado e mesquinha. Pois, a construção do aeroporto de minha cidade está sendo plano aeroviário. E além do aeroporto de Araruna também está nesse plano a construção do dos municípios de Cajazeiras, Conceição e Itaporanga, para facilitar a vida da população.”, declarou ele.
Ricardo Coutinho: Na réplica ele disse que Maranhão estava utilizando o dinheiro do povo para servir a si próprio. “A população não anda de avião, pois quem sai doente em uma ambulância precisa é de boas estradas. Portanto, ao invés do senhor se apropriar desse espaço, pois o senhor é único daquela região que tem avião, deveria investir na recuperação das estradas”, disse ele.

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