domingo, 13 de março de 2011

Chefe do Estado Maior tem atribuições restringidas apenas à organização das retretas da banda de música

Os altos indices de violência e insegurança na Paraíba podem ser sintetizados muito bem numa matéria do Jampanews, deste domingo (13), que relata parte da "guerra fria" que vem sendo travada na caserna pela cúpula da Polícia Militar na Paraíba entre os coronéis Euller de Assis Chaves e Washington França da Silva, respectivamente, Comandante Geral e Subcamandante da corporação. Confira, abaixo, a íntegra do texto:
À toa na vida: Chefe do Estado Maior tem suas atribuições restringidas e fica responsável apenas pela organização das retretas da banda da PM
Isolado e sem prestígio, coronel Washington (foto) dedica o tempo a organizar a agenda da banda
São muitos os fatores que contribuem para a elevação desenfreada dos índices de violência na Paraíba, mas o desentrosamento e a guerra fria entre os integrantes da cúpula da Segurança pode ser o mais determinante para que o andamento das estratégias de segurança morra no papel e transforme o estado em referência no quadro da violência na região nordeste, como ficou comprovado no período de carnaval, onde os índices atingiram patamares estarrecedores, 79% a mais em relação ao mesmo período de 2010.
Apesar desses números alarmantes os dirigentes da Segurança Pública preferem cuidar mais da “guerra fria” desenrolada nos bastidores da caserna e trabalhar para isolar e desqualificar os supostos “inimigos” capazes de atrapalhar os projetos pessoais de ascensão e de permanência no Governo.
O caso mais emblemático desses desencontros e confrontações pode ser observado na Polícia Militar, aonde as escaramuças entre o comandante geral, coronel Euler Chaves, e o subcomandante, coronel Washington França, chegou a tal nível que recorda muito os episódios da célebre revistinha em quadrinho “Recruta Zero”.
Como os dois nunca se “bicaram” e foram protagonistas de entraves que marcaram a rivalidade dentro da corporação quando ambos exerciam as funções de diretor do Centro de Ensino da PM e do Colégio Militar a escolha para comandar a corporação contribuiu para que, as diferenças alcançassem teor explosivo ao ponto de França ter reduzido de 18 para apenas um o número de suas atribuições como chefe do estado maior.
Regimentalmente responsável pela execução operacional da corporação, o que significa dizer ser o subcomandante o homem que comanda a tropa, o coronel se incube hoje de somente organizar e agendar as retretas da banda de polícia da PM.
Considerado excelente “pé de valsa” Washington França não estaria estranhando muito a designação porque aproveita as apresentações pelos bairros da cidade da banda marcial para impor seu gosto musical e para exercitar a sua vocação de bailarino.
Enquanto isso a criminalidade aproveita para botar o contribuinte pra dançar. 

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