Ainda em 2009 o vereador Herculano Pereira (foto) não cabia em si, tal como hoje, quando empunhou a bandeira da renovação e convenceu seu partido a promover uma seminário para apresentar a Itaporanga e ao Vale do Piancó o então prefeito da capital Ricardo Coutinho (PSB), pretenso candidato a governador que andava o Estado em busca de alianças para o projeto de 2010.
Herculano, junto com o ex-vereador Audiberg e com o vereador José Valeriano participaram de uma reunião com Ricardo, captaneada pelo deputado federal Armando Abílio (ainda presidente estadual da legenda), no Paço Municipal em João Pessoa e ali vira no socialista um gestor competente, honesto e correto.
Herculano, então, abraçou a causa de Ricardo com o fervor que lhe é peculiar. Mas, não imaginaria ele que seus companheiros de partidos tinham outros propósitos. Enquanto Herculano anunciava apoio a Ricardo pela grandeza de suas propostas, seus companheiros não tinham outra coisa na cabeça senão a 'sensibilidade' política. Foi isso que fez o partido sair destas eleições igual à partido nanico. Não ganhou nada!
Sensibilidade esta traduzida em cargos e barganhas políticas. Diante de uma negativa de Ricardo em concessão nesse sentido, a direção local do PTB, diga-se Audiberg e Valeriano, preferiu seguir a orientação de Armando. Entretanto, Herculano cerrou fileiras mais outro petebista histórico, o ex-vereador Antônio Caetano, e formou uma dissidência no partido em defesa da candidatura de Coutinho.
Na realidade, Herculano pretendia colocar seu nome na disputa por uma cadeira na Assembléia Legislativa representando o Vale do Piancó e contar com o apoio do PTB. No entanto, seu partido preferiu apoiar um peemedebista (Expedito Leite) devido a boa 'sensibilidade' oriunda do Dnit-PB.
Herculano não conformava-se de ser preterido pelos próprios companheiros. Ora, se o apoio à Expedito fora de graça porque, então, não deram este apoio à Herculano? É a interrogação que se tem com relação a decisão tomada por Audiberg Alves e Zé Valeriano. Achando pouco tentaram levar Herculano ao conselho de ética do partido por infidelidade partidária, sem sucesso já que a nacional projeta mudar sua direção estadual.
"Dei meu suor e sangue pra campanha de Berguim (em 2008). Gastei minhas economias e quando precisei de apoio pro meu projeto ele simplesmente prefere apoiar outro. Sem qualquer justificativa plausível", disse ao blog Herculano. Só que o vereador tem uma grande virtude que é saber esperar sua hora e sua vez.
Herculano, porém, saiu mais forte do que imaginou seus ex-aliados Audiberg e Valeriano. Ele vai cerrar fileiras agora com o prefeito Djaci Brasileiro junto ao governador Ricardo objetivando conseguir dezenas de ações estruturantes para Itaporanga. "Quero ver Itaporanga se transformar num grande canteiro de obras e irei junto com Djaci quantas vezes for preciso buscar isso no novo Governo", pontua o vereador.
Certo temos uma vertente: Herculano e Antônio Caetano dificilmente ficarão no PTB, pois não conseguem mais nem tem vontade de travar novas batalhas com àqueles que lhes negaram apoio. Enquanto Herculano trabalha olhando o coletivo a direção local do partido só vê à frente os próprios interesses pessoais.
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