quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Distribuidoras estão presionando prefeitos para assinarem novos contratos sobre ativos da iluminação pública

Mesmo com a suspensão do prazo de até 2012 para transferir os ativos da iluminação pública aos Municípios, diversos deles estão sob pressão por parte das distribuidoras. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) tem atendido gestores nesta situação, por estarem sendo acionados pela distribuidora para assinar novos contratos. A CNM levou os casos ao conhecimento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na última terça-feira (18). 
Na ocasião, questionou se a Agência informou às distribuidoras que a transferência está suspensa e destacou que a postura é inadmissível, pois não estão cumprindo a decisão da diretoria da Aneel. O alerta da Confederação é para o fato das exigências técnicas das distribuidoras serem complexas e diversas, além da segurança da população, e por isso é viável que as distribuidoras continuem com a responsabilidade pelos ativos. A CNM chamou a atenção para a seguinte condição: se todas as distribuidoras seguem as mesmas regras, os Municípios não terão capacidade técnica para manter os serviços.
Como a Contribuição para o custeio da Iluminação Pública (CIP) é facultativa para os Municípios, não é possível afirmar que essa receita servirá para que Municípios paguem as despesas com a manutenção dos ativos de iluminação pública. Na impossibilidade de se revogar o artigo 218 da Resolução Normativa 414/2010, a CNM sugere que: seja facultado ao poder público municipal receber os ativos; esteja previsto na Resolução os ativos sejam repassados em perfeitas condições de uso; o prazo de transferência seja prorrogado para 2014  – período em que ocorrerá a próxima revisão tarifária; e se defina o conceito do que são os ativos de iluminação pública.

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