quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Pequisa revela situação da segurança pública na PB e Jornal Nacional diz que falta colete e não tem sequer uma arma para cada policial militar

A Paraíba foi achincalhada durante a exibição de ontem (19) do Jornal Nacional, que divulgou o resultado de uma pesquisa do Ministério da Justiça, com base em 2011, que mostra a diferença do aparato de segurança pública dos estados. Destaca que "enquanto os policiais civis do Distrito Federal possuem quatro coletes a prova de balas para cada agente, a Paraíba tem um colete para quatro policiais militares".
Em resumo, quantidade insuficiente de armas e de coletes à prova de balas, delegacias sem carceragem e sem acesso à internet, policiais sem seguro de vida e um dos menores efetivos de segurança pública do Nordeste. Esta é a situação encontrada na paraíba e que foi revelada pelo Ministério da Justiça. O estudo é considerado um importante diagnóstico da segurança pública do país.
O documento, que está disponível no site do Ministério da Justiça, mostra, em detalhes, a estrutura de trabalho encontrada pelas Polícias Militar e Civil em todos os Estados brasileiros. Os dados são referentes a 2011 e revelam que a Polícia Militar da Paraíba possui apenas um colete à prova de balas para cada grupo de quatro policiais. Para atender a corporação composta por 9.698 militares, a corporação só dispõe de 2.252 equipamentos desse tipo. A proporção exata é de um colete para cada 4,31 servidores.
Além disto, de acordo com o estudo, só existem 5.610 armamentos para uma tropa composta por 9.698 pessoas. Com isso, a média é de uma arma para cada 1,73 policiais, o que coloca o Estado numa situação desfavorável em relação ao Maranhão (2,15), ao Rio Grande do Norte (2,05), ao Ceará (1,87) e à Bahia (1,78).
A pesquisa ainda apontou que a Paraíba possui o quinto menor efetivo de policiais militares do Nordeste. No Estado, há um policial para cada grupo de 391 moradores. Na área da assistência social, a pesquisa mostrou que Paraíba, Maranhão e Rio Grande do Norte são os únicos Estados nordestinos que não oferecem nenhum seguro de vida aos policiais militares e civis em casos de acidentes durante o trabalho. Já na Bahia, Ceará, Pernambuco, Piauí, Sergipe, esses profissionais dispõem dessa assistência.
A pesquisa ainda trouxe dados sobre quantidade de delegacias. Na Paraíba, há 290 delegacias, sendo que 28 ficam na capital e outras 227 estão no interior. A quantidade é menor da encontrada na Bahia (558) e Maranhão (340). Por outro lado, a Paraíba possui mais delegacias que Alagoas (280), Pernambuco (215), Piauí (131), Ceará (128), Rio Grande do Norte (232) e Sergipe (102).
Apesar de estarem localizadas na capital e no interior do Estado, a estrutura das delegacias é deficitária. Das 290 distritais da Paraíba, nenhuma possui carceragem, uma realidade que é diferente das demais localidades do Nordeste. Esses espaços físicos estão presentes nas delegacias de Alagoas, Ceará, Maranhão, Sergipe, Rio Grande do Norte. Já Bahia e Pernambuco não informaram dados sobre esse assunto.
A pesquisa ainda mostrou que a internet não é um serviço presente em todas as delegacias paraibanas. Das 290 distritais, apenas 150 têm computadores ligados à internet. A quantidade de veículos disponibilizados à Polícia Civil também é pequena em relação a outros Estados do Nordeste. Na Paraíba, a Polícia Civil possui 324 viaturas de pequeno porte caracterizadas e outras 120 sem nenhum adesivo da polícia. A Bahia é o estado com a maior quantidade de veículos. São 476 carros caracterizados e outros 363 sem adesivos.
Já em relação aos equipamentos de uso, os policiais civis estão em situação melhor que os militares, com 1.400 servidores e 1.500 coletes balísticos. A Civil também possui mais armamentos em comparação à Militar. A proporção é de uma arma para cada 1,50 policial. No entanto, assim como ocorre com os militares, os policiais civis também não recebem seguro de vida.

Nenhum comentário: